Não vou nem entrar na questão se as palavras que o deputado Wanderley Dallas que tornar patrimônio imaterial sãochulas ou não. Para mim, mais chulas são as palavras corrupção, desperdício, ineficiência, descompromisso, desleixo. E essas, infelizmente, não precisam de lei para virarem patrimônio imaterial da política brasileira.
A questão é outra. De que serve uma lei para transformar expressões linguísticas populares em patrimônio imaterial? A proposta é absolutamente inútil.
Resta ainda o fato de que o deputado tem uma capacidade inesgotável de propor inutilidades legislativas e essa proposta é apenas mais uma delas. Vejamos alguns desses projetos.
Obriga as sapatarias a venderem um lado só do sapato pela metade do preço quando o cliente não tiver uma perna;
Obriga bares e restaurantes a venderem refrigerantes em embalagens de 2,0 e 2,5 litros;
Institui a Semana da Boa Respiração na rede pública de ensino;
Concede o Título de Cidadão do Amazonas ao ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira.
Um deputado custa muito caro ao cidadão e deveria ser mais criteriosos com as suas proposições legislativas. A capacidade de pensar besteira é um direito de qualquer cidadão, agora querer transformar as besteiras que pensa em lei, aí já é demais.