Recebi um email de um amigo conjecturando sobre a possibilidade de cassação do primeiro e do segundo colocado nas últimas eleições para o governo e da consequente assunção do terceiro, no caso, eu.
Abstraindo a absoluta impossibilidade de isso acontecer, respondi a ele: “Eu não quero chegar ao governo assim. Quero chegar pela vontade da maioria do povo do Amazonas. Eu ainda não represento isso. Mas estou me preparando para representar. Um abraço, amigo”.
Fico imaginando o que move alguém que não representa o desejo da maioria do seu povo querer ser governador na marra. É preciso muita arrogância para querer se colocar acima do desejo da maioria dos eleitores.
Eu perdi a eleição. Perdi porque tive menos votos que os meus concorrentes. Se ainda existem eleitores que trocam votos por favores, vamos seguir combatendo essa prática com conscientização, fiscalização e fortalecimento do ministério público e justiça eleitoral, mas isso é outra história.
O Brasil vive uma tremenda crise econômica e política, tudo que não precisamos é de mais um fato gerador de instabilidade e de fragilização da instituição Governo do Amazonas.
Enquanto os velhos políticos olharem para o Governo do Amazonas como o titular de uma conta bancária de mais de 15 bilhões de reais e não como o agente do bem estar de mais de 3,8 milhões de pessoas, veremos essas atitudes vergonhosas de quem não respeita a vontade do povo e não se submete à decisão da maioria.
É hora de andar pra frente. Fazer oposição democrática. Dialogar, quando necessário e possível for. E, acima de tudo, colocar os interesses do povo do Amazonas acima das vaidades, caprichos e interesses pessoais.