Li o post publicado no Blog do Hiel Levy com o título: “Um breve histórico recente da política amazonense, para Marcelo Ramos se situar” (http://www.blogdohiellevy.com.br/site/noticia/2015/07/15/um-breve-historico-recente-da-politica-amazonense-para-marcelo-ramos-se-situar/). Não consegui enxergar contradição com o publicado no meu blog sob o título: “O futuro da política no Amazonas” (http://www.blogdomarceloramos.com.br/index.php?q=321-conteudo-66581-o-futuro-da-politica-do-amazonas).
Na verdade, o texto de Hiel parte de uma leitura equivocada do meu texto e, portanto, partindo de premissas falsas, não há como chegar a conclusões acertadas.
Vejamos.
Escrevi para afirmar ser um erro analisar as próximas disputas eleitorais considerando apenas os movimentos dos velhos políticos de sempre: “Essa análise comete dois equívocos. O primeiro é ignorar o desejo do povo, dos eleitores, que são os verdadeiros protagonistas da nossa história. O segundo é ignorar que existe uma nova geração de políticos que certamente assumirá cada vez mais importância no cenário político local”.
Ou seja, afirmei que há um crescente desejo de mudança e que, por esse motivo, novos políticos influenciarão cada vez mais nos processos sucessórios daqui por diante. Isso sim são constatações.
Diz o meu texto: “Em 2010, Hissa teve 10% votos em Manaus. Em 2012, Henrique teve 15% dos votos em Manaus. E em 2014, eu tive mais de 17% dos votos em Manaus”. Constação inequívoca de que cresce a força eleitoral de candidaturas alternativas aos grupos tradicionais.
Para fins de comparação, em 2006, o atual prefeito Artur Neto, lançou uma candidatura alternativa à disputa entre Eduardo Braga e Amazonino Mendes e terminou a eleição com 5,51% no Amazonas. Exatamente a metade do percentual que tive no Estado nas últimas eleições.
Agora vamos a análise política de como esses números confirmam a tese de que “uma nova geração de políticos que certamente assumirá cada vez mais importância no cenário político local”.
A eleição de 2012 passou necessariamente por uma composição com Hissa Abraão que foi a candidatura alternativa de 2010. A de 2014 passou necessariamente por uma composição com Henrique Oliveira que foi a candidatura alternativa de 2012.
Quem vencerá as eleições de 2016 é uma decisão que depende única e exclusivamente da vontade do povo de Manaus, mas uma coisa é certa. Eu que fui candidato ao governo em 2014 não me submeterei à condição de coadjuvante dos velhos candidatos de sempre, como fizeram Hissa e Henrique.
No mais, ao contrário do que pretendeu Hiel Levy, não pude ver contradição nenhuma entre o meu post e o dele.