Foto (Wikipedia)
Manaus vive um momento de crise. Os mais de 20 homicídios dos últimas dias, somam-se aos buracos nas ruas, à irregularidade na coleta de lixo em muitos pontos da cidade, ao crônico problema do transporte coletivo e do trânsito, ao esgoto a céu aberto no complexo da Ponta Negra, a um dos mais baixos indicadores de saúde, educação e renda (PNUD).
Temos governantes e gestores que não estão preparados para enfrentar problemas do século XXI com soluções do século XXI. Então, vivemos um conflito geracional, homens com a cabeça no século XX e os pés no século XIX enfrentando problemas típicos da modernidade. Isso não tem como dar certo.
Enquanto não fizermos o encontro de soluções modernas e criativas para uma crise com bases na complexidade do mundo atual, seguiremos sendo surpreendidos pela incapacidade dos governantes e gestores enfrentarem os problemas que se põem a sua frente.
Há um conflito geracional. Somos governados por homens que, até já deram contribuições importantes para a política, mas que efetivamente não são desse tempo e, por isso, não estão preparados para nos oferecer uma cidade moderna, criativa, empreendedora e eficiente.
E isso não tem a ver com uma questão de idade, tem a ver com o pensamento, com a forma retrógrada que os políticos tradicionais do Amazonas enxergam o mundo, a administração pública e a política.
Passou da hora de um gesto de ousadia que enfrente a crise urbana da nossa Manaus com as armas mais modernas postas à disposição da administração pública.
Se não sabemos a solução, vamos beber nas fontes da universidade, da iniciativa privada e de outras administrações. Se não temos recursos suficientes, vamos firmar parcerias público privadas e captar dinheiro no mercado. Se a sociedade não entende certas medidas duras mas necessárias para reorganizar a cidade, vamos estimular o diálogo tolerante, fraterno e transparente.
Só uma nova geração de gestores será capaz de quebrar esse pacto com o atraso que nossos velhos governantes nos impõem e abrir o quanto antes antes a janela da modernidade para a nossa cidade e a nossa gente.