Após as eleições de 2014 escrevi um artigo afirmando que a luta pela mudança e pela construção de uma nova política não era tarefa para um homem só. Abrir um novo ciclo na política do Amazonas é tarefa para todas as mãos que acreditaram e acreditam na mudança.
É importante entender um sinal que o povo de Manaus vem dando nas urnas. A eleição de 2012 para a Prefeitura, mais do que qualquer outra, é importante para essa análise.
Em 2012, foram candidatos Artur, Vanessa, Serafim, Pauderney, Sabino e Henrique. Nesse cenário, com várias opções, três delas tradicionalmente vinculadas a oposição, 15% dos eleitores optaram pela única novidade naquele pleito que era a candidatura de Henrique Oliveira.
A lição que ser tira desse resultado é de que parcela do eleitorado de Manaus não cansou do que costumamos chamar de “grupo político que governa o Amazonas faz 30 anos”, na verdade, cansou de uma geração de políticos que, na situação ou na oposição, não foram capazes de oferecer respostas aos problemas da cidade.
Foram esses eleitores ansiosos por novas respostas para os velhos problemas, esperançosos por soluções criativas, por mecanismos de diálogo com a sociedade, e, acima de tudo, crentes de que é preciso abrir um novo ciclo na política do Amazonas que me deram 17,31% dos votos de Manaus, concorrendo contra o governador e contra um ex-governador de dois mandatos.
A grandeza de um homem público não está apenas nas suas vitórias eleitorais. Chega a hora de perceber que é muito maior a responsabilidade de ser o agente motivador da transição para um novo tempo do que o desejo de se perpetuar no poder. Na política brasileira são raros os que entendem isso.
A nós que tentamos construir um novo caminho fica a certeza de que só é possível construí-lo em aliança com o povo, com as forças vivas da sociedade e com aqueles que verdadeiramente acreditam na mudança.