Falta verdade e coragem na política brasileira. Hoje o país vive as piores consequencias da mentira e da demagogia eleitoral.
Dilma mentiu descaradamente ao povo brasileiro, negando medidas tão duras quantos necessárias diante de tantas irresponsabilidades cometidas com as contas públicas pelo seu primeiro governo. Mas a oposição também se acovardou diante dessas mentiras e demagogias que tanto encantam nossa gente.
E eu até entendo. Do ponto de vista eleitoral, falar a verdade no Brasil pode custar muito caro.
Nas democracias consolidadas partidos e políticos ganham ou perdem, mas sempre com as suas verdades. Você nunca verá um conservador inglês fazendo falsas concessões para aproximar seu discurso ou suas propostas dos trabalhistas ou um republicanos americano tentando se passar por democrata.
No Brasil, não há nada mais socialista que um liberal falando para sindicalistas e nada mais liberal que um socialista falando para empresários.
Lá o cidadão sabe em quem está votando, aqui o voto passa a ser um exercício de adivinhação diante da dissimulação movida por objetivos eleitorais que deixa a maioria dos candidatos tão iguais.
No Brasil não faltam políticos sem opinião sobre nada – seguir alguns nas redes sociais é simplesmente ler frases retiradas de livros de autoajuda – ou que, quando têm uma opinião, mudam sem qualquer constrangimento diante da menor reação da opinião pública. São muitas vezes os campeões de votos, não se desgastam com opiniões impopulares e assumem as populares, mesmo que não tenham compromisso com elas.
Há no povo parcela de culpa nessa conduta. Muitas preferem a ilusão da mentira à dureza da verdade. Outros o encanto da demagogia ao valor dos princípios.
Faltam no Brasil homens públicos com a grandeza e o espírito público de defender as suas opiniões ainda que percam votos, ou até eleições, por conta delas.
Na ausência de verdade e coragem, o país segue sofrendo as consequencias da mentira e da demagogia, da covardia e da dissimulação.
Com homens de opinião e princípios encurralados no canto do ringue eleitoral, assistindo o povo cultuar os covardes e oportunistas, sobra-nos a esperança de um amadurecimento da nossa democracia como alento para um futuro melhor.
Que eu ganhe e perca eleições, como já ganhei e já perdi, mas que não me falte coragem e verdade para defender o que penso ser o melhor pra o Brasil, para o Amazonas e para Manaus.