No Amazonas não é só carnaval e vestibular que tem todo ano. Fila e problema na matrícula dos alunos da rede pública também tem todo ano. É impressionante a incapacidade que os governos têm de encontrar uma solução definitiva que garanta tranqüilidade e conforto para alunos e pais de alunos.
A paquidérmica (pesada e lenta) administração pública brasileira insiste em complicar, atrapalhar e dificultar a vida do cidadão. Parece que a regra dos gestores públicos é negar o simples e cultuar o complicado.
Vamos à questão das matrículas.
Todo ano o roteiro é o mesmo. Por um lado, pais reclamando, esperando em filas e dormindo na porta das escolas. Por outro lado, as secretarias de educação dando explicações e culpando os pais. No meio disso, uma burocracia burra e injustificável.
Não tenho dados exatos, mas não tenho dúvidas de que a grande maioria dos alunos permanece na mesma escola e apenas troca de série. Tendo isso como verdade, uma pergunta se impõe: por que a matrícula de todos os alunos não é automática?
Matriculando todos automaticamente na mesma escola, apenas aqueles que precisam, por algum motivo, mudar de escola e que são minoria teriam que ir até a Secretaria solicitar a transferência.
Parece uma solução tão simples. Esse é o problema. A Administração Pública abomina soluções simples. As soluções simples diminuem a influência do Estado e do gestor na vida do cidadão e isso é inadmissível para gestores que precisam parecer importantes e até imprescindíveis.
A burocracia da administração e arrogância de gestores compromete a eficiência da máquina pública e, consequentemente, atormenta a vida do cidadão contribuinte. No caso das matrículas, gera insatisfação e desconforto para alunos e pais e desgaste para os governantes.
E assim a vida continua… com carnaval todo ano para divertir o povo, vestibular todo ano para renovar as esperanças da juventude e filas de matrícula todo ano para maltratar alunos e pais de alunos da rede pública de ensino.
Ano que vem tem de novo…