Por Stanley Pinheiro Braga
“Os cristãos estão em perigo não quando estão sendo perseguidos pelo mundo, mas quando estão sendo admirados”. Charles H. Spurgeon.
Um certo líder religioso me disse que hoje em dia a igreja evangélica tem representantes em solenidades oficiais. Eu pergunto: a que preço?? Eles dizem porque a igreja é forte… Será???? Não é porque estão negociando a igreja???? Enquanto os líderes religiosos estão sentados ao lado de governadores e prefeitos se deliciando em manjares ou pousando para fotos, mais de 80% de seus membros estão reféns de saúde, educação e transporte público de péssima qualidade, ou seja o povo fica a base de batatas e cebolas (analogia em relação a época dos hebreus no Egito). Isso é igreja forte?? Amar não é sentir a dor do outro?? Como cristãos não temos que pleitear pela causa dos indefesos e necessitados?? Líderes fazem a igreja votar em determinados candidatos só porque o líder maior da igreja mandou votar, sem proposta nem uma em prol da sociedade, quando teriam que ter uma posição doadora pelo bem comum como a de Jesus… Nesses sistemas quem pensa ou questiona é rebelde, a verdade só pode vir dos líderes… Imagine como Jesus seria julgado por esses líderes… Ainda hoje escolheriam Barrabás.
Não podemos compactuar com uma política para poucos, a política tem que ser pensada e exercida em prol da coletividade e para todos. Temos que nos questionar sempre: os que estão pedindo o meu voto estão contemplando minhas necessidades coletivas??? Qual o histórico desse candidato ( família, profissão e relacionamentos)???. Precisamos o quanto antes mudar nosso postura.
As nossas igrejas tem sim que participar do processo político, mas de forma paralela referenciando a política e o poder público, e não de forma simbiótica no qual não conseguimos diferenciar o que é poder público e o que é igreja. As igrejas tem o papel de politizar seus membros, promovendo uma visão analítica e uma postura critica construtiva.
*O autor é pastor e empresário.
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