Dois olhares…
Essa semana tive a alegria de poder ouvir duas das mentes mais privilegiadas do Amazonas. Denis Minev com um olhar acadêmico e empresarial sobre os aspectos econômicos e Tenório Telles com sua sensibilidade poética e humanística.
Ouvi e aprendi com o entusiasmo de Denis falando sobre um EMPREENDEDORISMO AMAZÔNICO com ênfase em MANEJO FLORESTAL, PSICULTURA e PECUÁRIA VERDE e da necessidade de investir prioritariamente em conhecimento, pesquisa e desenvolvimento nas áreas de ECONOMIA DIGITAL, FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS e BIOECONOMIA.
Um discurso de certa forma pragmático, mas cheio de compromisso verdadeiro com o desenvolvimento econômico da nossa região, único caminho capaz de gerar emprego e renda de forma sustentável.
Tenório iniciou a sua fala já demarcando um sentimento necessário para qualquer processo de mudança e afirmou: A MAIOR LUTA É A LUTA PARA SE MANTER ESPERANÇOSO!
É isso! Antes de qualquer luta que travamos na vida, seja pela sobrevivência, pela superação de um momento de crise, é preciso ter esperança nos nossos corações! Sem esperança não temos nada!
Citando Raul Seixas – “É chato chegar A um objetivo num instante” – Tenório afirma que a grande aventura da vida não é a chegada, é o percurso e, por isso, não devemos temer a aventura da vida, não devemos ter medo das incertezas.
Os dois olhares me fizeram refletir sobre erros e acertos, vitórias e derrotas da vida.
No fundo, todos nós convivemos diariamente com as nossas fraquezas. Todos nós pensamos em desistir. Todos nós já dissemos um dia: ah, eu não quero mais me importar com ninguém, vou cuidar é da minha vida.
Desistir é tão fácil, não fazer nada é tão fácil. Difícil é persistir, difícil é sair da zona de conforto e correr o risco de errar, mas não se acomodar é necessário para dar sentido à vida.
A covardia e a preguiça nos diminuem!
Como naqueles sinais divinos, quando refletia sobre os dois olhares, chegou uma das minhas redes sociais, umas das passagens que mais aprecio de Cora Coralina:
“Desistir… eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.”
Marcelo Ramos, é advogado, professor e escritor.